AOUILA NO TEATRO: A NATUREZA DO OLHAR: «(...) A peça "A Naturaza do Olhar", conta a história do "encontro"
entre Alvaro de Campos e Alberto Caeiro, dois "fernandos pessoas"
diferentes, dois heterônimos do poeta, que chegava ao requinte de terem
formas de ecrever, personalidades e tipos fisicos totalmente diferentes
deles mesmos e completamente diferentes de Fernando Pessoa.(...)»
domingo, 17 de maio de 2015
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
"ORFEU E PANDORA", por Isabel Rosete
«No silêncio dos mortos
Escuto a voz do meu Amor jazido,
Em Paz, no seu novo palácio eterno,
Branco, singelo e sublime,
Onde a Saudade mora e se move
Num tempo incontornavelmente infindo.
«No silêncio dos mortos
Escuto a voz do meu Amor jazido,
Em Paz, no seu novo palácio eterno,
Branco, singelo e sublime,
Onde a Saudade mora e se move
Num tempo incontornavelmente infindo.
Aí, está Orfeu, que voltou a olhar
Para trás e a sua amada,
Mais uma vez, perdeu.
Despedaçada a sua Lira,
A Música não mais encontrou
O canto suave e terno do seu natural encanto.
Já nada mais vivifica,
Nem o animado, nem o inanimado.
Pandora não abriu mais a sua caixa
E a Esperança, sufocada, agonizou.
- Até quando?
- Até quando?»
Isabel Rosete
Imagens: 1. "Orpheus and Eurydice", pintura de C. G. Kratzenstein-Stub,
1806 ;
2. "Pandora", pintura de John William Waterhouse,1896.
Para trás e a sua amada,
Mais uma vez, perdeu.
Despedaçada a sua Lira,
A Música não mais encontrou
O canto suave e terno do seu natural encanto.
Já nada mais vivifica,
Nem o animado, nem o inanimado.
Pandora não abriu mais a sua caixa
E a Esperança, sufocada, agonizou.
- Até quando?
- Até quando?»
Isabel Rosete

2. "Pandora", pintura de John William Waterhouse,1896.
"QUANDO A VOZ", por Isabel Rosete
(A Al Jarreau)
«Quando a Voz é todos
Os outros instrumentos, num só;
Quando a Voz é as mãos
E os braços que a prolongam
E dimanam;
Quando a Voz é os dedos
Que a tangem;
Quando a Voz é a boca
E todos os seus movimentos
Por onde sai a alma das palavras;
Quando a Voz é todas as expressões
E todas as rugas não fingidas;
Quando a Voz sai dos poros,
De cada gota de suor
Prazerosamente derramado no canto;
Quando a Voz é o corpo
Que por ela se espraia;
Quando a Voz é a VOZ;
Quando a Voz é o milagre da Música.»
(A Al Jarreau)
«Quando a Voz é todos
Os outros instrumentos, num só;
Quando a Voz é as mãos
E os braços que a prolongam
E dimanam;
Quando a Voz é os dedos
Que a tangem;
Quando a Voz é a boca
E todos os seus movimentos
Por onde sai a alma das palavras;
Quando a Voz é todas as expressões
E todas as rugas não fingidas;
Quando a Voz sai dos poros,
De cada gota de suor
Prazerosamente derramado no canto;
Quando a Voz é o corpo
Que por ela se espraia;
Quando a Voz é a VOZ;
Quando a Voz é o milagre da Música.»
Isabel Rosete
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